A fototerapia vem sendo utilizada para tratamento de doenças da pele há muito tempo, com indícios de que ela tenha sido utilizada já pelos Hindus, uma das sociedades mais antigas do mundo, através da exposição solar de manchas brancas da pele associadas a plantas medicinais.
Com o conhecimento e tecnologia que a medicina vem alcançando, novos equipamentos e fontes de radiação ultravioleta tem surgido.
E com o aprimoramento das técnicas de aplicação dessa modalidade terapêutica, a fototerapia tem se mostrado cada vez mais eficaz e segura, além de ser mais uma opção terapêutica no tratamento das diversas doenças da pele.
Os vários efeitos biológicos da fototerapia são responsáveis pelo tratamento de diversas doenças dermatológicas, como:
Dr. Igor Cursi – Clínica de Dermatologia e Fototerapia
- Psoríase
- Vitiligo
- Micose fungóide (Linfoma Cutâneo)
- Dermatite Atópica
- Pitiríase Liquelóide crônica e aguda
- Dermatite Seborreica
- Hipomelanose
- Prurido (coceira)
- Prurido nodular
- Líquen plano
- Granuloma anular
- Papulose linfomatóide
- Esclerodermia localizada
- Urticária pigmentosa
- Doença do Enxerto Cutâneo
- Púrpura pigmentar crônica
- Pitiríase rubra pilar
- E outras
O comprimento de onda da radiação UVA situa-se entre 320nm e 400nm, e vem sendo utilizado há muitas décadas na dermatologia para o controle de diversas doenças da pele.
Porém, na década de 70, foi demonstrada que a combinação de uma substância fotossensibilizante como o psoraleno, administrada por via oral, com a exposição à radiação ultravioleta A, era altamente eficaz para o tratamento da psoríase. Essa terapia ficou conhecida como PUVA, e a partir dessa descoberta, a terapia com a radiação ultravioleta vem sendo aprimorada e novas doenças passaram a se beneficiar desse tratamento.
Os resultados terapêuticos obtidos com essa associação não podem ser alcançados individualmente por nenhum desses componentes quando realizados isoladamente.
Os fotossensibilizantes podem ser utilizados de muitas formas, como por via oral, em formas de cremes, soluções e banhos. Existem muitos produtos com propriedades fotossensibilizantes, desde extratos de plantas a sementes, e os mais utilizados para compor a terapia PUVA são os psoralenos.
Os psoralenos podem ser encontrados naturalmente, e hoje também existem compostos sintéticos de psoralenos.
Mecanismos de Ação
No caso da radiação ultravioleta A, a diferença no mecanismo de ação para o ultravioleta B, consiste na ligação do psoraleno ao DNA das células.
Quando a radiação ultravioleta é absorvida por esses cromóforos, DNA da célula, ou a estrutura formada pela ligação do DNA com o psoraleno, ela gera diversos efeitos fotobiológicos, entre eles a redução da proliferação excessiva das células da pele – os queratinócitos, a alteração da função de células e substâncias importantes para o desenvolvimento da doença, como as células de Langerhans e as interleucinas respectivamente, a destruição de células inflamatórias, como os linfócitos e o estímulo da produção de melanina, pigmento responsável pela cor da pele.
Fototerapia UVB-NB
A fototerapia do tipo UVB utiliza a radiação ultravioleta B para produzir uma série de efeitos na pele, que tem propriedades de tratar diversas doenças, sem necessidade do uso de substâncias fotossensibilizantes, conhecidas como psoralenos, utilizadas na fototerapia do tipo PUVA.
O comprimento de onda da radiação UVB situa-se entre 290nm e 320nm, e é utilizado desde a década de 70 como tratamento dermatológico.
Por volta dos anos 80, foram desenvolvidos equipamentos capazes de emitir um espectro mais estreito dessa radiação, situada entre 311nm e 313nm. Esse espectro tem maior capacidade de tratar as lesões dermatológicas, e a partir dessa descoberta, melhores resultados terapêuticos têm sido obtidos com a fototerapia conhecida como UVB de banda estreita ou UVB-Narrow Band.
Mecanismos de Ação
A ação da fototerapia com a radiação ultravioleta B consiste na absorção desse espectro de luz por algumas moléculas na pele chamadas de cromóforos, sem a necessidade de utilização de substâncias químicas como medicamentos – fotossensibilizantes, para que isso ocorra.
Essas moléculas conhecidas como cromóforos estão presentes no núcleo, no citoplasma e na membrana das células, porém o principal cromóforo no caso do UVB é o próprio DNA, localizado dentro do núcleo das células.